Meu primeiro contato dentro da odontologia com amamentação foi durante meu "estágio dos sonhos" no centro de tratamento de fissuras labiopalatinas do H.M. Nossa Senhora do Loreto - RJ.
Apesar de estagiar com a equipe da cirurgia oral, o fato dos consultórios odontológicos se comunicarem me possibilitou descobrir outras etapas muito importantes no tratamento dessas crianças.
A primeira vez que vi uma mãe alimentando seu bebê após a colocação da placa obturadora de palato, achei incrível! Queria acompanhar passo a passo da evolução daquela dupla.
Me fascinou o trabalho dos dentistas em fazer a moldagem e colocação da placa, dos protéticos na confecção, enfermagem e fono trabalhando em conjunto com a dupla.
Infelizmente, por vergonha de me aproximar da equipe externa a odontologia , não acompanhei a história desta dupla. Mas eu já estava mordida pela importância da boa assistência à amamentação.
Durante muitos anos guardei um catálogo de produtos de uma marca que produzia mamadeiras e chupetas pensando nas crianças com fissuras labiopalatinas.
Lembro de me revoltar dela ser a única marca a oferecer este tipo de produtos por aqui e mais ainda por eu NUNCA ter encontrado estes produtos para vender na farmácia.
Nesta época eu nem cogitava que o leite ofertado na mamadeira naquela cena poderia ser leite humano, menos ainda possibilidade de amamentação.