Minha história com a amamentação começou aqui: na faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense. Foi lá que descobri meus primeiros passos na vida profissional, onde aprendi sobre o SUS, e me apaixonei. Foi graças a essa paixão que comecei a exercitar o meu o olhar para o outro de forma diferenciada. Na FOUFF descobri a carreira como cirurgiã buco-maxilo.
Nos últimos anos de faculdade eu era uma "verdadeira rata de hospital": vivia nas salas de trauma do Hospital Municipal no qual eu era concursada como estagiária da emergência! Eu era daquelas que ia pro estágio não só nos dias da minha equipe, mas, com frequência, eu fazia plantões extras pela semana para poder acompanhar algum caso interessante ou uma outra equipe que pudesse me ensinar coisas diferentes.
Sempre gostei de resolver os traumas pediátricos. Me encantava a forma de me relacionar com meus pacientes (e seus responsáveis) em momentos tão difíceis. No fim de cada atendimento tinha a certeza que ele tinha recebido o melhor atendimento técnico que eu poderia oferecer (e mais humanizado - antes mesmo deste terno estar tão em voga)
Então, fui convidada para estagiar em mais um Hospital Municipal no Rio de Janeiro. Mas nesse não havia emergência aberta como os demais, mas era especializado em tratar de crianças com fissuras lábio palatinas.
Quem me convidou nem sabia o quanto eu desejava estar naquele lugar.
Vivendo num universo cada vez mais voltado ao atendimento infantil, senti necessidade de saber mais sobre Odontopediatria e mergulhei na vida de monitora da disciplina na faculdade.
Ao terminar a graduação, dizia que se existisse uma residência em Cirurgia Buco Maxilo Facial PEDIÁTRICA, eu estaria lá.
Aos poucos, sem perceber, meu olhar estava cada vez mais moldado para perceber melhor a criança e suas necessidades.
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